2005-12-06

Cadernos da Namíbia















vista aérea do país, um pouco antes da chegada à capital Windhoek.

De volta de outras latitudes, para contar com o pouco que as palavras podem descrever. Porque quando a gente volta da primeira viagem a África e nos perguntam como foi, o turbilhão de descrições não se iguala a nada do que tenhamos sentido. Nem à luz, nem à cor da terra ou ao cheiro que tem depois da chuva, nem aos ruídos à noite, nem às tempestades, nem a um céu com mais estrelas do que os nossos olhos para reuni-las todas, nem aos animais a espreitar quem chega à beira dos caminhos; muito menos ao sentimento de pertença estranha ali, a um lugar onde nunca estivemos; de não precisarmos de mais nada.
Encontrei esta canção da Patti Smith, do álbum Gone Again. Talvez o descreva com mais eloquência.

Beneath the Southern Cross

Oh
To be
Not anyone
Gone
This maze of being
Skin.
Oh
To cry
not any cry
so mournfull that
the dove just laughs
The steadfast gasps.

Oh
To owe
Not anyone
nothing!
to be
not here
but here
forsaking
equatorial bliss
who walked through
The callow mist
dressed in scrapes
who walked
the curve of the world
whose bones scraped
whose flesh unfurled
who grieves not
anyone gone
to greet lame
the inspired sky
amazed to stumble
where Gods get lost
beneath the southern cross.

Cross over boy... cross over.

1 Comments:

Anonymous Henrique Botelho said...

Gostei muito dos posts sobre a Namíbia, que é um dos meus países favoritos. Como trabalho em Angola, tenho oportunidade para ir à Namibia 3/4 vezes por ano... só há uma coisa que me preocupa, começo a ver artigos sobre a Namíbia em muitos jornais e revistas, espero que de um momento para o outro fique inundado de portugueses...

1:45 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home